Quem quer saber de um poeta na idade do rock
um cara que se cobre de pena e letras lentas
que passa sábado à noite embriagado
chorando que nem criança a solidão
Quem quer saber de namoro na idade do pó
um romance romântico de Cuba
cheio de dúvidas e desvarios
tal a balada de Neil Sekada
quem quer saber de mim na cidade do arrepio
um poeta sem eira na beira de um calipso neurótico
um orfeu fudido sem ficha nem ninguém para ligar
num dos 527 orelhões dessa cidade vazia
Desabutino’, do Chacal
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