domingo, abril 15

Depressão e Trevas


Crianças choram as lágrimas do mundo
que caem sobre o véu negro da terra
O grito estridente do aborto, triste, odioso,
o anjo desfeito, da morte iludida
O amor que se encerra, ao sopro da vida
E a noite sentida que abate o alaúde.

Morre alguém, talvez, o último suspiro,
Da dor a face tétrica, a dor que eu inspiro!
O medo serene... O inferno que acene,
à dor decadente.

Necrópole inútil de vampiros sem alma,
Bêbados, inconscientes e arrebatados....
ao Deus da guerra
e desesperados.

Terror, em tempos modernos
Política pútrida, lento inverno
Desejos...
de poder, da alma, do corpo
Desejo...
do puro domínio e manipulai-nos, até o extermínio.

Julgai-vos, humanos,
uns aos outros e esquecei-vos, os seus pecados!
Sonhas o poder,
fácil a esquecer, de apenas sonhar em ser Deus.
E falso julgamento, tudo em vão!
No inferno de sua alma...
que a loucura lhe acene com a mão.

Que o grito na esfinge atormenta
Que a morte decomposta é lenta
Ao suicídio dos homens, ao julgamento!
Por que suicidamos o firmamento,
querendo ser reis,
matando por ódio e morrendo por leis.

O sonho ilude, obcecados...
O fogo espera e a neve os prende
No ego entoado,
desespero ao que sentes
Por tentar ao eterno, vibra novamente
e trucida os humanos, perdidamente.

Um sonho.
Um fim...
Os sonhos, tem fim.
Da morte ao começo
Do pó ao pó!
Um anjo nasce morto e vive só.

Triste rebeldia, do vivo ao infinito
Mórbida energia... Destruição, pesar...
Faz ao mundo tudo o que pode voltar
Para si, do inferno, da verdade,
Morre o espírito, da mente à insanidade,
para sempre...


Ingrid Ramos Vinha

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